Carrapatos, como prevenir e combater!

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Carrapatos são ectoparasitas hematófagos (alimentam-se de sangue), e geralmente, possuem preferência por parasitar determinadas espécies animais, no entanto, alguns são excepcionalmente adaptáveis a vários hospedeiros, inclusive a humanos.

São pequenos artrópodes que se fixam na pele do hospedeiro para se alimentar, e ao sugar o sangue, podem causar desde dermatites alérgicas, anemia, até doenças infecciosas graves, por exemplo, babesiose, erliquiose, febre maculosa e doença de Lyme (estas últimas são também transmissíveis ao homem).

Os carrapatos possuem quatro estágios reprodutivos – ovos, larvas, ninfas e estágio adulto, sendo que, exceto os ovos, todas as fases são sugadoras de sangue. Cada fêmea pode fazer a postura de até 4000 ovos, e estes sobrevivem por até três anos, em condições favoráveis. Quando as larvas, ninfas ou carrapato adulto não estão se alimentando sobre o animal, estão abrigados em gramados, árvores, frestas de madeiras e rochas, terrenos baldios, praças, por isso, podem ser trazidos até a sua casa através das penas dos pássaros.

Os locais preferidos para o carrapato se fixar no animal, são aquelas regiões onde a pele é mais delgada e com maior irrigação sanguínea, por exemplo, face interna das orelhas e das coxas, entre os dedos, pescoço.

O problema nada tem a ver com a higiene do animal, basta uma caminhada em praças e gramados, e lá está seu cãozinho, infestado por essas criaturas.

O diagnóstico, normalmente, é visual, ou seja, se dá pela presença do artrópode sobre o animal, além de prurido, e às vezes, dermatite por infecção secundária. Mas, não se esqueçam que prurido e dermatite são sinais clínicos de diversas outras enfermidades, por isso há a importância de consultar um médico veterinário, para realizar o diagnóstico diferencial.

O tratamento depende do tipo de infestação. Se for pequena (de 1 até 5 carrapatos), a aplicação de óleos ou glicerina sobre os carrapatos já é suficiente, pois estes obstruem as vias respiratórias, e eles se desprendem. Se a infestação for maior, ou se o animal apresentar dermatite, ou ainda sinais sistêmicos como febre, apatia, perda de apetite, emagrecimento, sangramentos, procure um médico veterinário, para que este realize exames e descarte a possibilidade de anemias ou até de doenças infecciosas, e indique o tratamento mais adequado (banhos carrapaticidas, aplicação de pour-ons, pulverização de substâncias carrapaticidas).

Lembre-se que estes produtos podem ser tóxicos tanto para humanos quanto para animais, siga corretamente as orientações do médico veterinário.

O controle de carrapatos no ambiente é fundamental para o tratamento eficaz do animal.

Sigam estas orientações e curtam seus bichinhos!

Até a próxima!

Drª. Aline de Paula Frigini Rosetti
Médica Veterinária
CRMV: 07756-PR

Orientação bibliográfica:
Manual Merck de Veterinária 8°edição
Wikipedia.org

Fotos:
dr.dog.vilabol.uol.com.br
www.pragas.com.br
www.marcelmelfi.com